domingo, 15 de junho de 2008

Entrevista que nem chegou a sair...

Uma entrevista que fizeram comigo e que nem chegou a sair no jornal... feita por Felipe Barros, jornalista do jornal O Povo do RJ.


- Como surgiu a idéia de compor essa musica para a torcida do Flamengo?

julian: Geralmente não costumo racionalizar este processo já que as vezes as canções pra mim, muitas vezes surgem do nada, de uma só vez, mas essa teve um motivo em especial: eu havia composto uma canção para o concurso de jingles da copa de 2006 promovido pelo oglobo em homenagem a seleção brasileira, mas ela não foi escolhida. O tempo passou e esse jingle voltou a minha mente na semana passada, um sambinha que eu gosto muito. Aproveitando toda essa euforia que o Flamengo tem nos proporcionado nos últimos jogos, troquei a letra que exaltava a seleção brasileira por flamengo e fiquei tentando imaginar a torcida cantando aquilo no estádio, mas estava muito grande, não parecia música de arquibancada. Abandonei então aquela idéia e parti pra fazer uma música mais curta, com mais apelo e coração, em cima de uma frase que sempre imaginei: "Flamengo te amo e por isso eu canto o que todos já sabem de cor". Surgiu então a "Fla Maior", nessa última semana e finalmente gravei e coloquei no youtube e em comunidades do orkut na última quinta-feira.

- Essa onda de músicas não ofensivas (sem palavrões) ajudou?

Julian: Existem canções belíssimas de exaltação ao flamengo, compostas ao longo dos anos que sempre povoaram o meu imaginário, são versos que considero inesquecíveis: ."Flamengo, os meus olhos tão brilhando / Meu coração palpitando de tanta felicidade /Tens na torcida uma força sem igual / Meu Glorioso Flamengo cada jogo uma vitória cada vitória um carnaval / Preto velho já dizia: Meninada: Existe um time que sacode arquibancada"; E tem um outro samba: "Flamengo da dona de casa, do povo sofrido, do trabalhador. Flamengo do jovem esperto, da moça bonita e do meu amor. Flamengo do sul e do norte, de todos os cantos, de toda nação. Flamengo do asfalto e do morro, de Deus e do povo e do meu coração" e até outras mais populares como: "Conte comigo mengão, acima de tudo rubro negro". Essas frases tão belas comprovam que é possível haver música de qualidade, poesias e por que não, grandes canções populares nos estádios sem a necessidade de palavrões e outras coisas que dinfundam a violência.

- Você faz o que da vida - já me respondeu que faz jornalismo, mas tem algo ligado à musica?

Julian: Além de cursar o 5º período da faculdade de jornalismo, dedico grande parte do meu tempo a cantar, tocar violão e guitarra, mas principalmente, compor. Esse percurso musical já deixou de ser hobby há muito para mim, aliás, nunca foi. Comecei a fazer músicas sem um motivo aparente e hoje acumulo centenas de canções as quais tenho muito apreço, de variados estilos e ritmos: pop-rock, bossa, mpb, blues, raggae, forro, samba... Já passei por algumas bandas e estou me organizando e trabalhando com o sonho de conquistar meu espaço no cenário musical. Tenho um myspace com algumas músicas: http://www.myspace.com/spacejulian


- Tem como descrever o que você sentirá caso a torcida cante a sua música?

Julian: Descrever felicidade em algumas palavras, parece-me tarefa das mais improváveis e mesmo tentando aqui agora não consigo chegar a um veredito. Sou Flamengo desde que nasci, sou flamengo de família e sou flamengo de coração. Não é a toa que essa torcida seja tão apaixonada, não é por acaso que o flamengo mobiliza milhares de pessoas semanalmente. Essa canção é a tentativa de colocar em palavras e sons esse sentimento que habita em mim e em mais de 30 milhões de brasileiros. Se a torcida cantar "Fla Maior" nos estádios será pra mim a realização de um dos sonhos mais caros. Acho no fundo eu sempre acreditei nessa possibilidade.


Nenhum comentário: